terça-feira, abril 18, 2006

Quotidiano-II

E agora? Esta Europa gorda, anafada, impotente, velha, olha o espelho: há várias soluções possíveis: convencer o Rumsfeld que um fim-de-semana em Teerão é culturalmente interessante, ou, disfarçadamente, colocar o problema na NATO. Mas aí, o Bush pode não ir nessa para não ter que aturar Chirac e Villepin que continuam a demonstrar uma enorme capacidade de mobilizar as massas populares.
Se nenhuma destas soluções funciona, estamos entalados!...A não ser que…E porque não? Os Israelitas, quando o Chirac vendeu a central nuclear ao Saddam Hussei foram lá e foi um ver se te avias. Qual política de urânio sem ser para bomba. Tretas. A história acabou logo ali. E agora? Podemos tomar um Olcadil dado o stress que significa para a Europa discutir este problema e dormir tranquilos porque os israelitas não brincam em serviço. E, em boa verdade se diga, o problema é deles. Deles e dos americanos!...Nós nada temos a ver com essa gente do Irão Quem são o que querem: deitar bombas em Israel e nos Estados Unidos. Mas então qual é o problema? Nem sequer são originais. É de toda a evidência que a política nuclear do Irão é para substituir a produção de electricidade com base no petróleo (solução altamente poluente e contrária ao protocolo de Kyoto). Contactos anteriores com um cientista paquistanês que gostava de fazer proliferar os seus manuscritos, ( Kahn é seu nome) não podem ser considerados relevantes para justificar intenções belicistas. Por outro lado, há vozes sensatas que dizem exactamente o contrário: o Irão procura ser uma potência nuclear e se o conseguir vai criar problemas sérios ao mundo ocidental. O Hamas na Palestina informa que não condena o ultimo ataque suicida a Israel. Nestas circunstâncias, será de prever, até porque o Iraque persiste, que a instabilidade naquela parte do globo vai prosseguir.
Seria adequado ver a Europa a fazer ginástica, a perder uns quilogramas e olhar com algum bom senso o mundo que nos cerca. Sobretudo não deixar os outros resolverem os nossos problemas sozinhos.
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